Nos finais do Século XVIII, Charles Messier
(1730-1817), astrónomo francês, com um interesse particular em cometas,
elaborou uma lista com mais de uma centena de objectos de céu profundo
(galáxias, nebulosas e enxames estelares), dos quais cerca de três dezenas eram
enxames globulares.
A nossa Galáxia também contém enxames abertos
constituídos por algumas dezenas de estrelas a alguns milhares, e cujas mesmas
podem ou não encontrar-se ligadas de um ponto de vista gravitacional. As idades
destas estruturas “mais simples” situam-se entre os zero e os 10 giga-anos.
As observações têm demonstrado ao longo destes últimos
anos que os enxames globulares não se constituem como “objectos” únicos da
nossa galáxia. Algumas galáxias anãs associadas à Via Láctea apresentam
pequenos sistemas de enxames, bem como a galáxia de Andrómeda (M31),
pertencente também ao nosso grupo local, que revelou ser constituída por uma
“colecção” destas estruturas estelares muito superior em número e tamanho
àqueles encontrados na nossa.
De acordo com os resultados de Zinn (1985), os enxames
globulares encontram-se preferencialmente numa distribuição esférica em torno
do centro galáctico (no halo) e com metalicidades baixas.
As imagens seguintes mostram um exemplo de um enxame globular e a distribuição de enxames globulares num raio de 50 mil anos luz do Sol.